quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Nossa língua portuguesa.



Filho da puta é adjunto adnominal (ou paronomástico), se for "conheci um juiz filho da puta".
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Se for "o juiz é um filho da puta", daí é predicativo.
.Agora, se for "esse filho da puta é um juiz", daí é sujeito.
.Porém, se o cara aponta uma arma para a testa do juiz e diz:
"Agora nega a liminar, filho da puta!" - daí é vocativo.
.Finalmente, se for: "O ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, aquele filho da puta, desviou o dinheiro da obra pública tal" - daí é aposto.
.Que língua, a nossa, não?
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Exarado por Cristóvão Feil, titular do Diário Gauche.
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Na foto, um juiz (substantivo).

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Covas.

Eu acordei hoje e dei de cara com essa foto no jornal. 
Na legenda os números: de 188 bocas de lobo só 28 limpas (isso só no Minhocão gente!!!!!) e a prefeitura de São Paulo não tem nem idéia do cronograma de manutenção desses bueiros. 
Eu fiquei matutando aqui com meus neurônios...putz...esses caras ficam, literalmente, jogando a sujeira pra baixo do tapete, que loucura! Me lembraram sepulturas esses bueiros, covas. Fazendo aquele trocadilho chulo, onde tudo começou, todos esses anos de tucanato parecem (merecem ser) fadados aos sete palmos de terra. 
Descaso, pouco caso, não por acaso...passeando pela blogosfera encontro essas matérias. Coincidência? A primeira do Paulo Henrique Amorim, já em cima da segunda, que é do Nassif. 
Essa blogosfera é nossa salvação...São Paulo precisa mudar!



Serra achou que ia esconder os pobres debaixo do tapete do PiG.


sábado, 20 de fevereiro de 2010

Encurralado? Lula no Estadão! IM-PER-DÍ-VEL

kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Lula dá aula! Não perca o áudio, a versão impressa, pra variar, não faz jus ao momento.


Mas antes leia o final do texto do Cidadania.com sobre orgulho! 
De ser o que a gente é. E chegar lá. E por que a gente gosta do Lula!








...........De resto, mesmo que não deixassem Lula concluir suas idéias sem interrupção, que debatessem com ele em vez de perguntar, ele os calava com a propriedade de suas palavras várias e várias vezes. Quando tentavam rir das ironias que acreditavam estar fazendo, o presidente os acuava com assuntos nos quais têm que usar luvas brancas, como FHC ou as privatizações.
Lula disse tudo. Levou o “bambambam” Ricardo Gandour à loucura ao dizer na cara dele que o Estadão não tinha sustentação jurídica para suas acusações a Sarney e que não havia censura nenhuma. O homem não parava de gaguejar.  
O presidente ainda me esbanja tranqüilidade e confiança ao minimizar a culpa de Serra e de Kassab quanto às enchentes justo no momento em que os dois estão perdendo popularidade por conta do caos em São Paulo
Lula, meus caros, recusou-se a chutar adversários caídos, adversários que usam capangas para agredi-lo com virulência, fazendo até acusações como a daquele “filho do Brasil” lá da Folha, uma acusação que me fez colocar uma centena de pessoas diante do jornal no fim do ano passado para dizer umas poucas e boas àquela gente pelo desrespeito ao mínimo de ética no debate político.
Enfim, quero lhes dizer que em um dia em que andava meio desanimado, o show que Lula deu nesse debate (ou seria bate-boca?) com o Estadão me fez lembrar o por que de eu ter criado este blog, ou seja, por Lula ter me mostrado que um homem comum pode, sim, vencer barreiras supostamente intransponíveis e fazer a diferença.
Claro que jamais chegarei à sola do sapato de alguém como Lula, mas ele mostrou a todos os homens simples do povo que qualquer um tem o dever de tentar porque qualquer um pode vencer. No fim, tudo se resume àquela receita que Dona Lindu deu ao filho e que o filme sobre a vida desse fenômeno político mostrou recentemente: há que “teimar”. 



Entrevista com o Presidente Lula, clique aqui!


E aqui pra ler o texto do Eduardo na íntegra.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

E quem acha o Supremo do Supremo Supremo mesmo?






Olha que pérola!

No dia 8 de maio de 2002, Dalmo Dallari, advogado e professor de Direito na Universidade de São Paulo (USP, publicou um artigo na Folha de São Paulo criticando duramente a indicação, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, de Gilmar Mendes para o Supremo Tribunal Federal (STF). Alguns trechos do artigo, intitulado “Degradação do Judiciário”:
“(…) O presidente da República, com afoiteza e imprudência muito estranhas, encaminhou ao Senado uma indicação para membro do Supremo Tribunal Federal, que pode ser considerada verdadeira declaração de guerra do Poder Executivo federal ao Poder Judiciário, ao Ministério Público, à Ordem dos Advogados do Brasil e a toda a comunidade jurídica. Se essa indicação vier a ser aprovada pelo Senado, não há exagero em afirmar que estarão correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional”.
“Segundo vem sendo divulgado por vários órgãos da imprensa, estaria sendo montada uma grande operação para anular o STF, tornando-o completamente submisso ao atual chefe do Executivo, mesmo depois do término de seu mandato. Um sinal dessa investida seria a indicação, agora concretizada, do atual advogado-geral da União, Gilmar Mendes, alto funcionário subordinado ao presidente da República, para a próxima vaga na Suprema Corte. Além da estranha afoiteza do presidente -pois a indicação foi noticiada antes que se formalizasse a abertura da vaga-, o nome indicado está longe de preencher os requisitos necessários para que alguém seja membro da mais alta corte do país”.
“É importante assinalar que aquele alto funcionário do Executivo especializou-se em inventar soluções jurídicas no interesse do governo. Ele foi assessor muito próximo do ex-presidente Collor, que nunca se notabilizou pelo respeito ao direito. Já no governo Fernando Henrique, o mesmo dr. Gilmar Mendes, que pertence ao Ministério Público da União, aparece assessorando o ministro da Justiça Nelson Jobim, na tentativa de anular a demarcação de áreas indígenas. Alegando inconstitucionalidade, duas vezes negada pelo STF, “inventaram” uma tese jurídica, que serviu de base para um decreto do presidente Fernando Henrique revogando o decreto em que se baseavam as demarcações. Mais recentemente, o advogado-geral da União, derrotado no Judiciário em outro caso, recomendou aos órgãos da administração que não cumprissem decisões judiciais”.

Esclarecedor não é?
Leia o artigo completo aqui.

Este é outro texto sobre o Farol...de Mauro Santayana

Sob a alucinação da idade madura, que costuma ser mais assustadora do que a dos adolescentes, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está conseguindo o que sempre pretendeu, desde que deixou o governo, há oito anos: o tumulto no processo sucessório. Ele – e não mais ninguém – impediu que as bases nacionais de seu partido fossem consultadas sobre o candidato à sucessão do presidente Lula. Se pensasse mais no país e menos em sua própria vaidade, teria, como o líder que se arroga ser, presidido à construção do consenso que costuma antecipar as convenções partidárias. Haja os desmentidos que houver, ele sonhava em criar impasse entre os dois principais postulantes, a fim de ser visto como a grande solução apaziguadora. Ele continua animado por essa miragem no sáfaro horizonte de suas ambições.

Assim, estimulou o governador de São Paulo ao exercício de uma tática de desgaste contra as pretensões de Minas. Decretou a precedência de José Serra e acenou com a “chapa puro-sangue”. Acreditava que levaria Aécio Neves a renunciar a servir a Minas, ao servir ao Brasil, com novo pacto federativo para o desenvolvimento de todas as regiões do país, e a contentar-se em ser caudatário de projeto hegemônico alheio.Continue a ler!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

E o MinhocaNews reproduz comentário do Conversa Afiada que reproduz do....


O Conversa Afiada reproduz o comentário do amigo navegante Messias Franca de Macedo:
Enviado em 15/02/2010 às 17:45
Comentário:
Dilma Brasileira Rousseff, a nova paixão nacional!
Uma inflexão mais à esquerda é possível. O ínclito presidente emérito estadista Lula promoveu a imperiosa e fundamental ‘transição avançada’! O esteio para o salto de qualidade civilizatória no Brasil, com repercussões na nossa América Latina.
É primeiro turno – pedagógico e coerente!
O gari é um profeta, dança com Dilminha! O neonazista Boris Casoy [da TV BANDalheira], a escória; um mero pária da humanidade: o mais baixo patamar do reino animal!
BRASIL – em homenagem aos garis, trabalhadores honestos e decentes, e à futura primeira mulher presidente do Brasil!
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo

(hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha...Comentário meu...hahahahahahahahahahahahahaha)

Babaca, invejoso, inútil!

O texto é de Mino Carta, para o Carta Capital, são dois os textos que quero que leiam sobre o Farol, imperdível. Vou procurar o outro e publico em seguida!




É do conhecimento até do mundo mineral que Fernando Henrique é vaidoso. Mesmo os amigos mais chegados lhe apontam o pecado desde os tempos em que iam às calçadas paulistanas na noite da corrida de São Silvestre para torcer pelo tcheco Emil Zatopek, a “locomotiva humana”, por enxergar nele o perfeito representante do império soviético.

Pecado capital, a vaidade, segundo os católicos. Se esse aspecto da personalidade do ex-presidente não passa despercebido aos olhos do Pão de Açúcar e da Pedra do Baú, imaginem o que se dá com Lula, um expert em FHC. As mais recentes reações do príncipe dos sociólogos às comparações promovidas na área petista entre seu governo e o de Lula servem somente para demonstrar que FHC é pecador contumaz, de sorte a alegrar seus adversários e, assim me parece, inquietar José Serra.
CONTINUE A LER.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Vamos tentar entender o que o Lula tem com o Arruda!

E para esclarecer nada melhor que o melhor. Eduardo Guimarães, do Cidadania.com.








A verdade riu por último

Eles continuam se achando mais espertos do que a própria esperteza. Agem como se estivessem ganhando de goleada, como se sua estratégia fosse um sucesso total. Agora estão infestando suas páginas impressas, suas telas de computador e de tevê e os seus áudios com mais mentiras, com mais comparações sem pé nem cabeça, tentando equiparar os únicos mensalões existentes, que são o do PSDB e o do DEM, com a invenção de Serra, de FHC e dos seus jornais, revistas, tevês e portais de internet sobre um fictício “mensalão” do PT. 





Eles tentam passar para a população a versão delirante de que a Justiça seria “petista” e de que, por isso, prendeu Arruda e não prendeu os deputados do PT e da base aliada ao governo Lula acusados no âmbito daquele “mensalão”. Deputados sobre os quais, até o momento, tudo o que se sabe é que receberam tantas doações “por fora” quanto os congêneres do PSDB e do DEM em tantas eleições, inexistindo, até o momento, a mais tênue prova de compra de apoio por ordem do chefe petista do poder Executivo federal como as há à farta contra o chefe tucano-pefelê do governo distrital.
Folhas, Globos, Vejas, Estadões e quejandos tentam ver semelhança onde há ironia, ou seja, justo aqueles que desde 2004 vêm se proclamando acusadores do presidente Lula, de seu governo, de seu partido e de seus aliados, são os únicos que, agora, fornecem o único governador de um ente federativo a ser preso durante o exercício de seu mandato em toda a história brasileira, com provas gravadas e filmadas por ordem da Justiça, sem dar margem às mesmas e fortes dúvidas que pesam sobre a acusação de que haveria um “mensalão” que o presidente Lula teria mandado pagar, a exemplo do que está provado que fez José Roberto Arruda.
E é essa a tese desses oposicionistas “moralistas” da imprensa e dos partidos de oposição, de que Lula, como Arruda, teria mandado pagar mesadas em troca de apoio no Legislativo. É disso que falam quando dizem “mensalão do PT”, apesar de que, devido à altíssima credibilidade do presidente da República, esses covardes não têm coragem, como covardes que são, de acusá-lo claramente, simplesmente porque não há provas, simplesmente porque a Justiça nem chegou e nem jamais chegará a apurar contra Lula, contra seu governo, contra seu partido ou contra seus aliados que estes produziram o mesmo que seus acusadores, ora flagrados no Planalto Central.
Em síntese: eles acusam Lula, passaram 5 anos fazendo isso sem parar, com o apoio integral da mídia, mas são eles que,  agora, são flagrados roubando, e flagrados sem recurso, sem desculpa, sem dúvida.
E a mídia, com esse “êxito” todo dessa sua estratégia “tabajara”, o que faz? Mais do mesmo, pura e simplesmente mais do que tentou e não conseguiu fazer prevalecer, sempre apostando na burrice que acha que caracteriza um povo que essa gente despreza, como se vê quando lhes “vazam” os áudios de suas conversinhas racistas e classistas nos intervalos de seus telejornais picaretas, mentirosos, falsários, partidarizados, dissimulados etc.
Como venho dizendo aqui neste blog desde o comecinho de 2006, quando o espaço foi fundado, no âmbito daquela tentativa golpista então vigente dos ora flagrados com as calças na mão de derrubarem o presidente-operário com mentiras e sem quaisquer provas, a verdade, senhoras e senhores, é uma força da natureza como o vento ou a chuva e, assim, não pode ser refreada. Ela se infiltra por qualquer brecha possível e imaginável e, ao fim e ao cabo, termina por se impor.
Para continuar esse pensamento vá direto a fonte. Clique aqui.









terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

As respostas do Presidente lula. Hihihihihihihihi!

 


Comparação com o futebol

No fim de semana, Fernando Henrique acusou Lula de “tosco”, “mentiroso e dissimulado”, e ainda de agir como um "ventríloquo", comparando a virtua candidata presidencial do governo, a ministra Dilma Rousseff, a um "boneco". Lula respondeu tirando partido do mau momento vivido pela oposição, e usando uma de suas usuais comparações com o futebol:

"Quando um partido de oposição não tem o que propor e não tem o que discutir fica difícil a posição deles. Então, tentam impedir que o outro time jogue. Nossos adversários estão como aquele time mais frágil que tenta parar [a outra equipe] no tranco, fazendo falta. Não tem como competir e começa a dizer que o presidente está viajando. O que que eles queriam que eu fizesse. Que eu ficasse sentado em Brasília?"

O presidente também explicitou na entrevista que "a companheira Dilma vai continuar viajando comigo até o dia que a lei exigir que ela se afaste. Quando ela se afastar, aí vai cuidar da vida dela como candidata. Enquanto ela for ministra, vai trabalhar como ministra e vai viajar o Brasil, porque foi ela que organizou as obras do PAC. Não tem sentido agora esconder a Dilma", afirmou.





Ninguém mais tá aguentando essa lenga lenga do PSDB. Se até os amigos estão assim...




Do excelente Cidadania.com

Talvez por solidariedade humana, por não apreciar ver a degradação de ser humano nenhum, chego a me condoer pela situação patética em que o ex-presidente FHC se viu de domingo para cá, só que por obra e graça de si mesmo, que, vaidoso, tinha que escrever aquele artigo no jornal (?) em que tem espaço cativo juntamente com boa parte de seu ministério.
Aliás, esse é um capítulo à parte. O governo FHC, do qual Serra e o PSDB fogem como o diabo foge da cruz apesar de um ser o outro e de o outro ser um, escreve várias vezes por semana no Estadão. O próprio FHC, Pedro Malan, Paulo Renato, Celso Lafer, Gustavo Franco etc. É o jornal do PSDB mais assumido, o que lhe confere o mérito de uma coragem que falta uma Folha de São Paulo, por exemplo.
Na inauguração de biblioteca pública instalada no ex-presídio do Carandiru, na capital paulista, FHC chegou e saiu antes de Serra, o qual, por sua vez, ficou mudo vendo o embate entre seu ex-chefe direto no período 1995-2002 e a ministra Dilma Rousseff, esquivando-se de apoiar e defender o governo que integrou como um dos mais importantes e influentes membros.
O mesmo se diz do PSDB como um todo. Onde estão as notas oficiais de Sergio Gerra, presidente do PSDB, a defender o governo de seu partido contra o governo do partido de Dilma?
O partido de FHC e seu candidato a candidato à Presidência estão bem escondidos porque em dezembro passado uma pesquisa CNT-Sensus revelou que 76% dos brasileiros dizem que o governo Lula é melhor do que o de FHC, que só teve a preferência de 10% dos pesquisados, o que constitui prova de que o governo federal tucano foi desastroso a ponto de provocar hesitação de seus membros e entusiastas de defendê-lo publicamente.
Até a grande mídia, velha tucana de quatro costados, já sofre defecções como a da Folha de São Paulo, que publica hoje análise que reproduzo a seguir, onde admite tudo o que venho escrevendo há anos. O texto, aliás, ainda revela que certos comentaristas deste blog tentam ser mais realistas do que o rei, ou seja, mais tucanos do que a mídia tucana, do que o PSDB e do que seu pretenso candidato a presidente.
Vale a pena ler a matéria. É a primeira admissão real de um setor da grande mídia de que o governo FHC teve mais erros do que acertos. Ei-la, pois.



FOLHA DE SÃO PAULO
 9 de fevereiro de 2010
ANÁLISE
FHC cita méritos e omite erros
Tucano propõe comparação bizantina entre o seu programa de obras e o PAC 
GUSTAVO PATU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA 
Não é difícil, para FHC, listar corretamente méritos de seu governo negados pela retórica palanqueira de Lula. Mais complicado é revisitar o período sem provocar a lembrança de erros e deficiências, também reais, que contribuíram para afastar os tucanos do Planalto.
"Sem medo do passado" é o título do artigo que o ex-presidente escreveu em defesa de seus dois mandatos. Se não há mesmo medo, as entrelinhas deixam transparecer que persiste, pelo menos, desconforto. Omissões e meias verdades contrastam com a defesa, alardeada no texto, de uma "política mais consciente e benéfica para todos".
Em exatas 998 palavras e cifras que descem a minúcias, não há uma única menção, no exemplo mais flagrante, ao crescimento econômico -goste-se ou não, o indicador mais universalmente utilizado para mensurar o sucesso das administrações nacionais.
No mais perto que chega do tema, FHC propõe uma comparação bizantina entre o seu programa de obras Avança Brasil e o PAC petista, ambos conhecidos pela discrepância entre metas e realizações. E, claro, sem falar na crise de abastecimento de energia elétrica.
A renda nacional cresceu à média de 2,2% ao ano sob FHC e deve encerrar o período lulista com taxa anual de 3,7%, se confirmadas as expectativas dos analistas. Mais importante politicamente, o primeiro começou seu governo com expansão acelerada e terminou em estagnação, enquanto o segundo obteve o resultado inverso.
Nos últimos anos, os tucanos, com boa dose de razão, vinham atribuindo a vantagem de Lula à sorte de governar em um período de rara prosperidade internacional, livre das turbulências financeiras da década passada. Essa argumentação perdeu charme, no entanto, com o colapso global do final de 2008, do qual o Brasil saiu com perspectivas de rápida recuperação.
No artigo do ex-presidente, a única razão apresentada para a crise herdada por Lula é o temor provocado nos credores e investidores "por anos de "bravata" do PT e dele próprio" -nada se diz sobre a escalada das dívidas interna e externa nos anos anteriores, consequência de políticas do primeiro mandato tucano, corrigidas tardiamente no segundo.
Dólar barato e gasto público sem amarras sustentaram a popularidade inicial de FHC e garantiram sua reeleição no primeiro turno, mas levaram o endividamento público de menos de 30% para quase 50% do Produto Interno Bruto.
Câmbio e superávit
As medidas de ajuste adotadas a partir de 1999 -câmbio flutuante e metas de superavit fiscal- foram mantidas pelos petistas, como gostam de lembrar os tucanos. Mas tampouco o crédito, nesse caso, cabe à gestão FHC: tratou-se de uma imposição do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Não por acaso, os indicadores mais palpáveis de melhora social do texto do ex-presidente estão circunscritos a seu primeiro governo. É o caso da queda aguda da pobreza, do aumento do rendimento médio mensal dos trabalhadores, do reajuste mais generoso do salário mínimo.
O artigo dribla o inconveniente com saltos nas datas. Recorda-se, por exemplo, que, "com o Real, a população pobre diminuiu de 35% para 28% do total" e depois menciona-se a taxa de 18% registrada em 2007, já sob o governo Lula. Não se menciona que, após a queda brusca do primeiro ano, a pobreza permaneceu nos mesmos patamares no restante do governo tucano.
Iniciativas celebradas do segundo mandato geraram mais frutos sociais, econômicos e políticos para Lula que para FHC. Além das correções da política econômica, o exemplo clássico é a criação do Bolsa Escola, depois ampliado e rebatizado como Bolsa Família

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

As coisas começam a esquentar na sucessão presidencial. A briga vai ser ótima!

Vai ser ótima sim! 
A direita magoada e suja vai mostrar suas garras mais sujas e magoadas do que nunca! As estratégias para desmoralizar os avanços sociais e econômicos do Governo Lula estão em curso. Aqui na terrinha que se acha, pobre é burro, por isso vota no Lula. Enquanto isso São Paulo afunda na água de esgoto que 16 anos de tucanato nos fazem engolir. Tem bairro em São Paulo (de pobre claro, de nordestinos) que está alagado desde 8 de dezembro! 2 MESES na merda! E a imprensa paulista teima em enfiar o Serra e o Kassab (culpando os pobres e a chuva) goela abaixo de seus leitores e telespectadores. O cara não sabe o que fazer com o esgoto. A SABESP tá mais perdida que ele. 
Agora tem essa dos apagões na cidade por causa da chuva. 
E eu tive que aguentar esse final de semana, amigos, pasmem, que achavam que os apagões eram por falta de energia e que o horário de verão tinha que continuar pra isso não acontecer de novo! Não era a culpa das árvores podres que caem com as chuvas na cidade de São Paulo, a culpa da falta de energia em bairros inteiros em São Paulo era do Lula e daquela lôca da Dilma. 
Não dá né gente! A cada dia que passa eu me decepciono mais com meus amigos, gente esclarecida para umas coisas e para outras.... Assinam a Folha,  Estadão e a revista Piauí, adoram os editorias e as matérias da Folha! Ainda bem que são poucos, bem poucos!






Do ótimo Conversa Afiada:

Wanderley na Carta: fracasso de Serra leva oposição e PiG(*) ao Golpe








O professor Wanderley Guilherme dos Santos publica na Carta Capital desta semana artigo magistral.
A tese central é “decida Serra o que decidir, o PSDB e seus aliados sairão perdedores”.
E a oposição vai para o Golpe.
“Aos poucos, as pesquisas eleitorais conduzirão o candidato a candidato (Serra) a seu devido lugar”.
E aí reside o perigo, segundo Wanderley.
“A súbita consciência de que a excitação em torno do governador de São Paulo não corresponde à opinião pública nacional pode empurrar os admiradores de Serra, sobretudo os ex-esquerdistas,  ao extremismo institucional. Gosto para isso não lhes falta, há muito.”


“O sucesso do governo Lula, não seu antecipado fracasso, é o que faz com que a intensidade oposicionista aumente exponencialmente.”

“Justificar o fracasso como consequência de atos ilegítimos do governo é tradição antiga entre nós.”


“ … o mais provável é que a oposição acuse o governo de sufocá-la e de fraudar o processo competitivo. As solicitações ao Judiciário e as insinuações de ‘chavismo’ se multiplicarão. As manchetes se tornarão assustadoras em busca dos milhões de ‘Reginas Duartes’ que compensem a ausência de votos na urnas. Outra oportunidade para que se manifeste o poder desestabilizador dos meios de comunicação.”
(*)Em nenhuma democraciaria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têl. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista





A enquete que o Estadão colocou no site e agora esconde, mais de 40 milhões já votaram, agora eles pensam: o que fazer com isso??? Vamos esconder, o povo esquece rápido!!! hahaha. CLIQUE AQUI!


do PHA, de novo o Estadão e suas mancadas...acham a notícia boa...
Saiu no Estadão, pág B8 :


“ ‘Os caçadores de dividendos riram á toa em 2009’, resume Fabiano Guasti Lima, consultor da Instituto Assaf …”
Há uma guerra entre as companhias “para ver ‘quem paga mais’ .”
“… os setores da economia que mais distribuíram proventos em 2009 FORAM OS DE TELECOMUNICAÇÕES … E ENERGIA ELÉTRICA. A MAIORIA DESSAS EMPRESAS NÃO INVESTE … E REVERTE QUASE TODO O LUCRO EM BONIFICAÇÕES”.
Ou seja, são uns saqueadores, é o que demonstra e reportagem do Estadão.
NÃO INVESTEM E MANDAM O DINHEIRO PARA A MATRIZ !
É mais ou menos como faziam os bucaneiros espanhóis e portugueses que vinham às Américas.
Levavam o ouro e deixavam a gonorréia, como diz o Gilberto Freyre.
Essa é a grande obra do Farol de Alexandria (FHC-aquele que iluminou a antiguidade e desapareceu num terremoto).
(Sem mencionar o “herói da privatização” do FHC, o “brilhante” (Daniel Dantas, o passador de bola apanhado no ato de passar bola.)

E do jornal  O Estado de Minas, mais cacetadas nos que se acham, ou seja, esse bando de paulistas e paulistanos chatos!









Inquietação nas oposições
Marcos Coimbra
O Estado de Minas, Domingo, 07-fevereiro-2010
Estamos vivendo, neste começo de ano, um período de inquietação dentro das oposições. Seja em seus representantes políticos e nas lideranças da sociedade civil que se alinham com elas, seja na parcela da opinião pública que não gosta do governo, é nítida a perplexidade. As coisas não estão acontecendo como esperavam.
Ao lado daqueles que nunca o aceitaram, Lula passou a ter, nos últimos anos, uma aprovação quase que a contragosto, característica da classe média com alguma informação. Na maior parte das vezes, vinda de pessoas que jamais votaram nele, sequer no segundo turno de 2006, mas que se viam como que constrangidas a concordar que seu governo tem lá alguns méritos.







Talvez se sentissem fora de lugar, quando eram informadas dos recordes de popularidade que Lula batia a cada pesquisa. Talvez colocassem em dúvida suas próprias antipatias, ao saber que nunca antes, na história deste país, um presidente brasileiro fez tanto sucesso mundo afora.

CLIQUE AQUI PARA CONTINUAR. É MUITO BOA

E graças a Deus tem vida inteligente em Campinas também! Enxerguei como ele! E o cara é foda heim!





A PERDA DE INFLUÊNCIA DA MÍDIA CONSERVADORA (O PIG) É UM FATO CONCRETO E IRREVERSÍVEL NO BRASIL DA ERA LULA, SÓ FALTA SÃO PAULO.Por Flávio Luiz Sartori. Conheça o blog dele!





E claro, não poderia deixar de fora a pesquisa feita sobre o nosso Poder Judiciário. 71% dos brasileiros não acreditam na JUSTIÇA ( leia-se JUDICIÁRIO, leia-se ELE,  Supremo dos Supremos, que graças a Deus está com seus dias de poder contados)









“Judiciário – para 39,8%, STF não foi neutro no caso Palocci. Pesquisa da Direito GV indica, ainda, que insatisfação com a Justiça é alta”.
A pesquisa da Escola de Direito da FGV de São Paulo ouviu 1.588 entrevistados em Brasília, São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Rio, Recife e Belo Horizonte.
O Estadão é uma espécie de house organ do Supremo Presidente do Supremo.
Por isso, mostrou o irrelevante e escondeu o relevante.
O mais assustador da pesquisa é que “71% dos entrevistados disseram duvidar da honestidade ou imparcialidade do Judiciário”.
Portanto, ao fim dos dois anos trevosos em Gilmar Dantas (*) foi Supremo Presidente, os brasileiros acham que ele presidiu um Judiciário corrupto ou parcial.
É um IBOPE devastador.
Ele vai para a sua ministerial insignificância sob o opróbrio dos brasileiros.
A pesquisa diz mais.
O Judiciário que Ele presidiu não é capaz de resolver conflitos.
O Judiciário brasileiro é inacessível.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

E ai, vamos de uma vez por todas entender nosso problema com o MST?


A criança morta de Di Cavalcanti
Matéria de Leandro Fortes do Blog Brasília eu vi e Carta Capital

A prisão de nove lideranças do MST, no interior de São Paulo, algumas das quais filiadas ao PT, foi o ponto de partida de uma estratégia eleitoral virtualmente criminosa e extremamente profissional, embora carente de originalidade. Trata-se de perseguição organizada, de inspiração claramente fascista, de líderes de um movimento que diz respeito à vida e ao futuro de milhões de brasileiros, que revela mais do que o uso rasteiro da política. Revela um tipo de crueldade social que se imaginava restrita a políticos do Brasil arcaico, perdidos nos poucos grotões onde ainda vivem, isolados em seus feudos de miséria, uns poucos coronéis distantes dos bons modos da civilização e da modernidade.
No entanto, o rico interior paulista, repleto de terras devolutas da União griladas por diversas gerações de amigos do rei, tem sido um front permanente dessa guerra patrocinada pela extrema direita brasileira perfilada hoje, mais do que nunca, por trás da bela fachada do agronegócio e sua propalada importância para a balança comercial brasileira. Falar-lhes mal passou a ser de mau alvitre, um insulto a uma espécie de cruzada dourada cujo efeito colateral tem sido a produção de miséria e cadáveres no campo e, por extensão, nas cidades. É nosso mais grave problema social e o mais claramente diagnosticável, mas nem Lula chegou a tanto.
Assim, na virada de seu último ano de mandato, o presidente parece ter afrouxado o controle sobre a aliança política que lhe permitiu colocar, às custas de não poucos danos, algumas raposas dentro do galinheiro do Planalto. Bastou a revelação do pacote de intenções do Plano Nacional de Direitos Humanos, contudo, para as raposas arreganharem os dentes sem medo, fortalecidos pela hesitação de Lula em enquadrá-los sob o pretexto de evitar crises inevitáveis. A reação do ministro Nelson Jobim, da Defesa, ao PNDH-3, nesse sentido, foi emblemática e, ao mesmo tempo, reveladora da artificialidade dessa convivência entre forças conservadoras e progressistas dentro do governo do PT, um nó político-ideológico a ser desatado durante a campanha eleitoral, não sem traumas para a candidata de Lula, a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil.
Com a ajuda de Jobim, a velha sanfona anticomunista voltou a soltar os foles e se engajou nesse desarranjo histórico que tem gerado crises artificiais e um consequente show de péssimo jornalismo. Tocou-se, então, o triste baião anti-Dilma das vivandeiras, a arrastar os pés nas portas dos quartéis e a atiçar as sentinelas com assombros de revanchismo e caça às bruxas, saudosos do obscurantismo de tempos idos – mas, teimosamente, nunca esquecidos –, quando bastava soltar bestas-feras fardadas sobre a sociedade para calá-la. Ao sucumbir à chantagem de Jobim e, por extensão, à dos comandantes militares que lhe devem subordinação e obediência, Lula piscou.
No lastro da falsa crise militar criada por Jobim, com o auxílio luxuoso de jornalistas amigos, foi a vez de soltar a voz o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, cujo arrivismo político iniciou-se na ditadura militar, à qual serviu como deputado da Arena (célula-tronco do DEM) e presidente do INPS no governo do general Ernesto Geisel, até fazer carreira de ministro nos governos Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Lula. Essa volatilidade, no entanto, sempre foi justificada por conta de um festejado “perfil técnico” de Stephanes. Trata-se de um mistério ainda a ser desvendado, não a capacidade técnica, mas as intenções de um representante político do agronegócio dentro governo Lula, uma posição institucional baseada em alinhamento incondicional à Confederação Nacional da Agricultura (CNA), comandada pelo senadora Kátia Abreu, do DEM de Tocantins.
Com Kátia, Stephanes ensaiou um animado jogral e conseguiu, até agora, boicotar a mudança dos índices de produtividade agrícola para fins de reforma agrária – um tiro certeiro no peito do latifúndio, infelizmente, ainda hoje não desferido por Lula. Depois, a dupla partiu para cima do PNDH-3, ambos procupadíssimos com a possibilidade de criação de comitês sociais a serem montados para mediar conflitos agrários deflagrados por ocupações de terra. Os ruralistas liderados por Kátia Abreu e Ronaldo Caiado se arrepiam só de imaginar o fim da tradicional política de reintegração de posse, tocada pelos judiciários e polícias estaduais, como no caso relatado nesta matéria de CartaCapital. A dupla viu na proposta um incentivo à violência no campo, quando veria justamente o contrário qualquer menino bem educado nas escolas geridas pelo MST. São meninos crescidos o suficiente para saber muito bem a diferença entre mediadores de verdade e os cassetetes da Polícia Militar.
O governo Lula já havia conseguido, em 2008, neutralizar um movimento interno, tocado pelo Gabinete de Segurança Institucional, interessado em criminalizar o MST taxando o ato de invasão de terra de ação terrorista. Infelizmente, coisas assimainda vêm da área militar. O texto do projeto foi engavetado pela Casa Civil por obra e graça da ministra Dilma Rousseff. Lula, contudo, não quer gastar o último ano de uma era pessoal memorável comprando briga com uma turma que, entre outros trunfos, tem uma bancada de mais de uma centena de congressistas e a simpatia declarada do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes. Assim, distraído, o presidente deixou que Jobim e Stephanes envenenassem o processo político às vésperas das eleições, com óbvios prejuízos para a candidatura Dilma, bem no começo da briga com José Serra, do PSDB, o governador que por ora se ocupa em prender militantes do MST e do PT enquanto toca terror em assentamentos cheios de mulheres e crianças, no interior de São Paulo, com seu aparato de segurança pública.
O MST existe há 25 anos e é o mais importante movimento social de base da história do Brasil. A crítica à sua concepção socialista e a eventuais desvios de conduta de alguns de seus participantes é, deliberadamente, ultradimensionada no noticiário para passar à sociedade, sobretudo à dos centros urbanos, a impressão de que seus militantes são vândalos nutridos pelo comunismo e outras reflexões sociológicas geniais do gênero.
A luta do MST é, basicamente, a luta contra o latifúndio e a concentração fundiária nas mãos de uma elite predatória, violenta e vingativa. Essa é a origem de todos os problemas da sociedade brasileira desde a sua fundação, baseada em capitanias hereditárias, em 1532. Nenhum governo teve a coragem necessária, até hoje, para tomar medidas efetivas para acabar com o latifúndio e, assim, encerrar com esse ciclo cruel de concentração de terras no campo brasileiro, responsável pelo inchaço das periferias e pela violência contra trabalhadores rurais, inclusive torturas e assassinatos, com o periódico beneplácito da Justiça e das autoridades constituídas, muitas das quais com campanhas eleitorais financiadas pelos grupos interessados em manter este estado de coisas.
A luta contra o latifúndio não é a luta contra a propriedade privada, essa relação também foi contruída de forma deliberada e tem como objetivo tirar o verdadeiro foco da questão. A construção desse discurso revelou-se um sofisma baseado na a inversão dos valores em jogo, como em uma charada de um mundo bizarro: a ameaça social seria a invasão (na verdade, a distribuição) de terras, e não a concentração no campo, o latifúndio. E isso é vendido, assim, cru, no horário nobre.   
É uma briga dura, difícil. Veremos se Dilma Rousseff, em cima do palanque, será capaz de comprá-la de novo.